Revegetação

Conheça o Projeto

A exploração de petróleo e gás em, ou seja, em terra, continua sendo importante para o desenvolvimento econômico e social da região norte do Espírito Santo, no entanto, essa atividade resulta em alterações no solo e na vegetação local.

Além das bases de poços de petróleo e gás propriamente ditas, outros empreendimentos são demandados em área de restinga (arenosas) e de tabuleiros costeiros (argilosas) para o funcionamento de toda a cadeia, como instalação e exploração de jazidas de areia e argila ou mesmo a supressão da vegetação para passagem de dutos.

A legislação brasileira exige por meio do decreto de lei nº 97.632/89, que ao final das atividades de exploração deverá ser apresentado um plano de recuperação ambiental dessas áreas, incluindo as bases de petróleo, visando à estabilidade do meio ambiente e equilíbrio ecológico. Todavia, essas áreas, após sua desativação, apresentam características totalmente adversas para o seu reestabelecimento natural. O processo de retirada do solo ou construção de bases de perfuração resulta em modificações muitas vezes irreversíveis, causando alterações nas características físicas, químicas e biológicas do solo, além de processos erosivos decorrentes, que acabam por incapacitar o reestabelecimento natural da vegetação.

A revegetação de uma área degradada é lenta e de difícil execução, exigindo mão de obra qualificada e técnicas de revegetação compatíveis com cada ambiente a ser recuperado, visto que cada local apresenta vegetação característica e condições de solo diferentes (substrato muito arenoso ou compactados, baixa disponibilidade de água e nutrientes, baixo teor de matéria orgânica, entre outros). A ação do homem com técnicas apropriadas é praticamente inevitável para que ocorram condições adequadas ao reestabelecimento da vegetação no local.

Devido ao custo, à complexidade e à carência de informações sobre a recuperação de áreas degradadas pela de exploração de petróleo e gás, específicas para as regiões sob vegetação de Restinga e Tabuleiros Costeiros, foi conduzido este grande Projeto de Pesquisa, fruto de um Termo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a PETROBRAS, firmado em 2017, cujo objetivo geral foi avaliar técnicas e espécies para a revegetação de áreas terrestres degradadas, conforme condições edafoclimáticas específicas em ambientes de restinga e tabuleiros costeiros localizados no norte do Estado do Espírito Santo.

Ao longo de cinco anos e mais de 20 experimentos, procurou-se desenvolver e avaliar práticas de revegetação nas áreas das instalações de atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural em ambiente de restinga e tabuleiro costeiro, utilizando diferentes metodologias de plantio e manejo do solo.

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